domingo, 7 de novembro de 2010

Pacto de sangue

O corretor de seguros Walter, bate à porta de uma casa para vender uma apólice e é recebido pelo seu destino: uma loira vulgar, mas também muito, digamos interessante, que calha de ter uma correntinha em volta do tornozelo.
É ela que será a ruína de Walter. Fascinado pela tornozeleira, ele entra com Phyllis, numa dessas conversas que ninguem mais sabe escrever.
A não ser o mestre Billy Wilder. Texto do filme a seguir:
Cena: Ele olha o tornozelo dela, vai subindo o olhar, passando pelas pernas, seios, e termina olhando no rosto dela.
"Temos um limite de velocidade neste estado, e ele é de 45 milhas", diz Phyllis.
"E a quanto eu estava indo?" pergunta Walter.
"Pelo menos a 90" retruca ela. E por ai vai...

Papo vai papo vem, os dois terminarão em um enrolados em um acordo perigoso.
Ela já acha que é a hora de trocar o marido por dinheiro vivo, ele, quer a tornozeleira e todo o resto.
No filme "Pacto de sangue", filme de 1944, óbviamente em preto e branco, vale a pena conferir esse dialogo e outros, que com certeza, faz dele um dos mais sórdidos filmes noir, porque corajosamente se despe de todo glamour e se fixa em personagens cínicos, frios, torpes, movidos pela ganância e luxúria.
Sensacional, eu recomendo, diálogos e tramas imperdíveis .
ALEX RATTO



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