Nas inúmeras páginas de um livro de matemática, um dia um cosciente apaixonou-se por uma incógnita, olhou-a com seu olhar enumerável do ápice a base, e viu-a uma figura ímpar.
- Quem é você? indagou ele.
- Eu sou a soma do quadrado dos catetos, mas você pode me chamar de Hipotenusa.
Eles eram almas-gêmeas, na matemática conhecida como primos-entre si.
Foi amor a primeira vista, uma paixão vertical que terminou na horizontal.
Ela tinha um corpo milimetricamente perfeito. Ele um cubo.
se amaram numa quinta potência, e foram traçando ao sabor dos momentos, quadrados, losangos e retângulos.
Um dia resolveram se casar, constituir um lar, mais do que um lar uma perpendicular.
Acharam um denominador comum, somaram juntos, dividiram o mesmo teto, multiplicaram as emoções.
Um dia eles tiveram dois filhos: um cone e uma circunferência.
Ele, delta, b2-4ac, ela um circulo de vaidades.
Mas por linhas tortas, sem respeitar a regra de três, aonde menos vale mais, apareceu na vida dela, o mínimo divisor comum, que prometeu fazer dela hipotenusa, um todo, mas acabou reduzindo-a, a um mínimo múltiplo comum, sem que ele cosciente estivesse ciente.
O famoso triângulo amoroso.
Até que Einsten descobriu a relatividade, que existe hoje em toda sociedade.
A matemática não tinha filhos, porque trigonometria, hoje tem, porque geometria.
E=MC2
Alex Ratto, nove letras, noves fora, nada !
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